domingo, 22 de maio de 2011


Bailão do Ruivão  Salvador - Concha Acústica - 22/05/11
 Nando Reis: " É impressionante como a gente faz uma música de amor quando a gente ta amando e vê que a música ainda desperta o amor em muitas pessoas mas que com o passar dos anos que a gente já não ama mais a música volta e nos parece dar um tapa na cara..."
Não foi exatamente assim, mas essa foi a idéia central - concordo plenamente, meu caro!

sábado, 21 de maio de 2011


"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome
cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores..."
Esquadros - Adriana Calcanhoto


Filme: VOLVER - Pedro Almódovar
Super recomendo

sexta-feira, 20 de maio de 2011

    Nós só vemos aquilo que queremos ver. Limitamos nossa percepção e focamos aquilo que nos interessa: o fator humano do olhar condicionado.  O humano é condicionado por fatores emocionais, culturais, críticos que moldará a sua visão, ou melhor, a sua interpretação do que está vendo. 
    Falo por mim que amo os mais variados contornos arquitetônicos dos prédios em Salvador, mas ainda assim, voltando pra casa, de cabeça baixa estressada pela demora do ônibus, já planejando o que irei fazer quando estiver em casa, na prova do dia seguinte, esqueço de olhar pra cima e ver os adornos que nunca tivera reparado antes, mesmo passando ali todos os dias. Hoje, sentada no ônibus tendo a minha janela como fonte minha fonte de inspiração filosófica, me lembrei de olhar para cima. O ônibus estava saindo descendo o Barbalho e subindo a ladeira da Soledade, simplesmente que linda fotografia. Como não havia notado antes?  O desnível dos casarões antigos, o degradê de suas cores em degradação, de suas sacadas imperiais e já corroídas pelo tempo. Imaginei de imediato as lutas de independência do Brasil na Bahia, as roupas e os traços das pessoas daquela época.
(...)

Todos nós somos criaturas emocionais e as nossas percepções e sensações e experiências são carregadas de emoção, de emoção pessoal, logo, esta se codifica na imagem. Porém as vezes, a emoção se separa da imagem. As pessoas que tem esse problema, denominado de Síndrome de Capgras podem deixar de reconhecer  o marido, a esposa, os filhos e passam a acreditar que estão sendo enganados. Desaparecimento do sentimento de ternura e familiaridade. O reconhecimento visual existe, mas não o emocional.
Oliver Sacks
 neurologista,escritor.
Tirado do documentário: Janela da Alma Direção:  João Jardim / Walter Carvalho
Eu sei que quando ele ri toda a sua cara se enche de graça. Quando ele me olha, ele me encherga, me capta e me prende, então ali, presa, eu não preciso me soltar, eu não quero me soltar. Sei que quando está com ciúme ele desvia o olhar de leve, finge estar tudo bem, e continua a conversar, a final, aconteceu alguma coisa? claro que não!
Espontâneidade, postura sábia e vivida que não me deixa enganar. Isso que todos vêem eu já sei. Eu prezo pelo contrário, o avesso que me atrai, que me aproxima, que me deixa querer sempre me deixar.
Acordei com uma dor na nuca. Dor fina, chata, sabia que ia me acompanhar no decorrer das horas. Não tomei remédio e apenas deitei, creio que o cansaço me havia consumido. O corpo teoricamente descansa quando a gente deita, mas a mente fica a voar a pensar na conta de luz, em Mateus que deixou uma pilha de relatórios pra eu ler, mais noites no escritório. Esqueci de regar as plantas. Deixei passar tanta coisa. Será que se eu tivesse escolhido o Januário eu estaria com esse vazio de agora, esse vazio que nada preenche? Que nada. É desde lá que esse nada me acompanha. É, essa ausência.
A gente não vive quem a gente é. A gente sempre vive uma “vida esperada”. Eu to falando de viver em si. Lembro-me de Dona Avelina, ela dizia: “Se eu fosse eu, minha filha, seria uma bailarina de circo e saía por aí pelo mundo divertindo esse povo miseravelmente alegre do sertão, mas não posso. Viver minha “vida esperada” me ocupou. Sento-me aqui detrás desse balcão do correio e vejo todos os dias cartas e pacotes entrando e saindo.” Me dava seu sorriso resignado e tornava a baixar a cabeça para seus afazeres. Entendo ela. Fiz tudo que eu queria ter feito, que me ajudasse a me destacar nessa minha “vida esperada”, tenho os amores mais bonitos, as melhores coisas que posso comprar, eu tenho, mesmo não sendo rica. Não, longe disso. Adoro minha casa, minha pele está até mais bonita, sabia? Mas ainda eu não sou eu. Abandonei aquele sonho tímido em prol de um propósito maior: me encaixar no padrão, segui o sistema. Se eu fosse eu faria aulas de gastronomia, fotografia, psicologia e viajaria. Ah, como eu viajaria.
Droga. Que diabo de som fino é esse? Despertador, claro, tenho que organizar minhas palestras, fazer o café, será que vai chover?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nota rápida...

Pois bem... hoje, dia 16 de maio faz dez anos que a faculdade de  Direito da UFBA foi invadida por policiais militares que na inobservância da lei e a mando de uma ordem unilateral acabaram por ferir muitas pessoas num ato de barbárie em pleno estado democrático de direito.
A agressão foi por conta de uma passeata feita pó  estudantes e professores que protestavam pela cassação do então senador Antonio Carlos Magalhães.
Hoje foi um dia de rememoração na faculdade e de fomento à discussão sobre o fato ocorrido e a questão da violação dos direitos fundamentais previstos na nossa Constituição de 1988, constituição social e rígida.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pra encher linguiça...

Estava folheando a revista GLOSS na aula de constitucional  e vi uma nota super interessante.
Uma coleção de peças, acessórios femininos, feitos com partes de bonecas Barbie. Além de muito bonito e interessante é super original... totalmente aprovado (adimito que não gostei muito do brinco das mãos) ;)
A autora da obra é Margaux Lange:
Lange recebeu seu Bacharelado em Belas Artes do Instituto de Maryland, College of Art, em 2001, onde seu corpo plástico da série foi concebida. A Fine Arts educação Lange deu a base necessária para a exploração do seu trabalho conceitual em jóias, no entanto, uma obsessão de infância com a boneca e seu mundo em miniatura é o que ela créditos para nutrir sua criatividade e destreza desde tenra idade.




Vejam no site de onde foi retirado essa informação sobre ela, vale à pena dar uma conferida!
http://www.margauxlange.com/portfolio/

Pra sempre - Forfun

* novo álbum..

Será pra sempre longe
Será pra sempre perto
Será sempre segredo
Aquilo a ser descoberto

Será pra sempre lindo
Será pra sempre feio
Não será sempre incompleto
O que terminou no meio

Será como um cometa
Será como um vulcão
Será um velho amigo
Caminhando em sua direção

Será pra sempre antigo
Será sempre moderno
Serão biodegradadas
As folhas desse caderno

Será sempre réveillon
Será sempre feriado
Prazeroso e sofrido
Enquanto for aprendizado

Será pra sempre acerto
Será pra sempre engano
Será alguma outra coisa
Depois de ser humano

Será sempre vantagem
Será sempre prejuízo
Será sempre uma lágrima
Abrindo alas p´rum sorriso

Serão lembranças queridas
Do futuro e da memória
Pra sempre será coragem
Pra sempre será vitória!

Gostei da letra dessa, mas do Swing de " Largo dos leões" vale à pena dar uma conferida no álbum. Preferi o anterior, mas ainda assim os meninos estão no caminho certo... essa virada musical foi fundamental, totalmente aprovada por mim.
=* Namastê

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Adooooooooro ;)

Falso Retrato (u-hu) Móveis Coloniais De Acaju
Fotografei, você não viu
Verdade no meu olhar
Felicidade não sorriu
Fingiu somente que estava lá

Me revelei, você despiu
Tristeza em todo lugar
Mentiu tão bem que nos uniu
Um bom motivo pra me lembrar que

Quando percebe o desgosto do gasto
E gosto da farça
Disfarça que não tem tamanho
Nem foco, nem brilho, nem alma nem cor
E ainda desmente que medo não sente
Que tudo é pecado e que nada é perdão
Felicidade reinará

E o dia raiou
Tudo em claro e viva cor
O Sol em meu mural
Desbota a minha dor

E o dia raiou
Tudo em claro e viva cor
O Sol em meu mural
Desbota a minha dor

Não paro, passo, faço, me encontro
Num retrato três por quatro
Não me enquadro ao teu lado, não


Emoldurei o fim por vir
Polaroid pra registrar
Revejo assim que não vi
Retrato que ainda não há

Recordar o que sobrou,
meu sub exposto olhar

E o dia raiou
Tudo em claro e viva cor
O Sol em meu mural
Desbota a minha dor...

Clique aqui e veja o video

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dando explicações...

Demorando de postar... sem tempo. Esses dias me deu um pane criativo, se é que posso chamar isso disso. E além do mais eu acho que não escrevo bem, só escrevo porque é uma outra maneira de conversar e conversando você põe pra fora.

Tava estudando, pondo as coisas em dia. Tava pensando em fazer filosofia quando terminar o curso, ou então retomar com minha vontade de fazer jornalismo... São só divagações mesmo. Filosofia seria muito interessante. É que no curso de direito a gente vê isso tão por cima sabe? superficial... Não é à toa que somos os renegados das ciências sociais, os rotulados como " enclaustrados da torre de marfim". Nos fechamos e isolamos do povo com nossas prolixidades e altiveza.
A verdade é que isso ta mudando, pelo menos na teoria e na universidade em que eu estudo. O intuito não é produzirmos reprodutores de conhecimento, nem meros aplicadores silogísticos de fórmulas ou decoradores de códigos prontos para passar em concursos públicos.

A universidade como o próprio nome já diz, é multi. Digo isso agora que estou verdinha... verdinha... Tomara que não vire escrava do sistema! Mas que eu defendo a multiplicidade de um paradigma emergente, isso é fato!

Será que amor é suficiente?

Já tem um certo tempo que venho me perguntando se o fato de você amar uma pessoa (por si só) é suficiente para se manter uma relação. Eu, longe de figurar como mestre no assunto, me detenho só como coadjuvante a analisar os casais ao meu redor e os sentimentos que tive.

Não quero tirar conclusões precipitadas, mas acabo crendo que não. As pessoas buscam outros interesses. É fato.

Creio que amor não é algo que se guarda é algo que se dá. Como já diz na música: " tornar o amor real é expulsa-lo de você pra que ele possa ser de alguém..." Não adianta ser egoísta e querer guardar isso pra si, socadinho no peito.
Será que quando alguém guarda um sentimento sem demonstrar pode parecer pro outro o mesmo que não amar? Eu não sei, não... Isso me confunde! Aliás, eu vejo que eu escrevo muito sobre amor.Será que eu estou mal amada ou meio amada? Não sei, só confusa mesmo. A final de contas, ninguém tem a resposta pra tudo.

Só quando se perde verdadeiramente alguém é que você se dá conta que as outras angústias que você tinha eram apenas bobagens, que aquele ideal que você queria pra si, já não vale tanto à pena. E você aprende a dar valor a tudo de menor nessa vida, a tudo que passava despercebido. Falo isso porque perdi uma pessoa muito próxima, recentemente. Não estamos acostumados a lidar com a morte, apesar de ser a única coisa certa, nós não nos "preparamos" (nem aos nossos familiares, amores e amigos) para a chegada repentina dela e isso é um saco. Questão de cultura...
Já fugi do que eu falava...

Digo o que todo mundo já sabe: dar valor ao que interessa, amar a sí para poder amar ao outro... Todo mundo sabe disso, não precisamos de nenhum livro de auto-ajuda. Mas recorremos sempre a um, porque temos sempre que nos apegar a algo externo,substancial... Materialistas que somos...
Aliás nós sabemos de tudo que está num livro de auto-ajuda, mas parece que a gente só pega quando  somos bombardeados pela verdade. Quando ao ler, recebe na cara ( e percebe) todas as burradas que fez (ou não), todos os erros que cometeu(ou não, a final o que é certo e errado?) e os caminhos prósperos a ser tomado.

Eu só sei que a vida é muito curta pra ser pequena ( e essa frase não é minha). Ame intensamente, sim! Ponha isso pra fora! Tente coisas novas, se jogue. Não peque pela falta.
A "onda" não é recomeçar, é começar.

Dê tempo ao tempo, mas a cima de tudo, dê um tempo pra você. Você realmente se conhece? Sabe quais são seus medos? Já parou para enfrentá-los? Se permita conhecer pessoas, línguas, culturas...Fazendo valer...




Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
(Sonoto de Fidelidade - Vinícius de Morais)

domingo, 24 de abril de 2011

Tiradas do filme Moulin Rouge

"A coisa mais importante que você aprenderá é simplesmente amar e ser amado"... Moulin Rouge

“Um coração pode se partir e continuar batendo igual” Tomates Verdes e Fritos

"meu coração chora sentimentos que não posso enfrentar..."  Moulin Rouge

"espero que não se importe que eu expresse em palavras como a vida é maravilhosa agora que você está no mundo"  Moulin Rouge

"as estações podem mudar do inverno a primavera, mas te amo ate o fim da vida. Haja o que houver eu amarei você ate o dia da minha morte. De repente o mundo parece não ter defeito. De repente, move-se com tanta graça
De repente, minha vida não parece tão inútil. Tudo gira em torno de você
E não há montanha alta demais, nem rio muito extenso. Cante essa canção e eu estarei aí ao seu lado. Tempestades podem se formar e estrelas podem colidir. Mas te amo ate o fim da vida. Haja o que houver.eu amarei você "
....
moulin rouge

Recomeçar não! Começar...

Hoje, derrepente, acordei com uma ótima sensação. Faz anos que não a sinto. Uma felicidade que vem do nada. Depois de tanto tempo com um chumbo trancado no peito, que pesava a cada acordar, a cada pensar, a cada relembrar. Hoje eu acordei e ele tinha partido. Por um momento me vi desesperada, estava tanto tempo ali que já havia me acostumado com aquilo. Estranho, pensei. Não senti falta, já que aquilo nunca fazia parte de mim, apenas estava em mim. Então pude sorrir e agradecer. E sorrir de novo.
Alegre é a palavra certa, já que felicidade oscila, hora vem, hora não vem...
Todos notavam. Eu ria à toa.
A mudança de ambiente, também, foi fundamental. A paz do lugar se transferiu para mim. Só de escrever e lembrar eu já estou rindo...
Mas aí, já voltei. De volta à realidade. O chumbo que antes me pesava quer voltar, mas a sensação de liberdade uma vez provada, quer se perpetuar. Então, chega de chumbo, chega de pesar. É estranho essa nova fase, eu sei... ...  e como sei...

Mas por que não experimentar?
sentir esse sentimento diferente de tudo que já me ocorreu... nosssaa... Isso não tem explicação...  Só que com o chumbo uma coisa aprendi: a sempre ter cautela, nunca se dar demais... Agora, meus caros, a nova etapa é superar meus medos, porque o que me prendia a mim, hoje me dar forças para me dar...  e isso me permitirei...

sábado, 26 de março de 2011

Pra não deixar parar...

"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva".