sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Monet e Daniela




Descobri as pinturas dele ainda quando criança. Li um livro do colégio, falava da vida dele suas obras...
taí...
momento nostalgia ouvindo uma música linda SOU VOCÊ na voz de Daniela Mercury
Agora a associação entre as obras e a música? nem eu sei. Lógica zero. Até que combinou...

Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo, agora é você
A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher
Meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome
Hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
A seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

VERSÕES DE MIM

Amo muiiitooo esse texto. Na verdade adoro Verissímo, ele é show de bola. Só lembrei do nome do texto agora e fiz questão de procurar na net para salvar e por aqui. Boa leitura! espero que gostem...

VERSÕES DE MIM
Luiz Fernando Veríssimo

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.

Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número, (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste...

Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário - sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:

- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo

E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.

-Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?

-Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia.

-Eu sei, eu sei... disse alguém sentado ao lado dele.

Olhamos para o intrometido. Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:

- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.

- Como é que você sabe?

- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei. Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante.

Ele chutaria para fora. Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.

- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio...

- E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.

- Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?

- Você...

- Morri com 28 anos.

- Bem que tínhamos notado sua palidez.

- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...

- E ter levado o chute na cabeça...

- Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado.

- Você deve estar brincando.

Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.

- Quem é você?

- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.

Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração.

Olhei em volta. Eu lotava o bar.

Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente.

Só então notei que eletambém tinha a minha cara, só com mais rugas.

- Quem é você? perguntei.

- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.

- E..?

Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo.

O que somos

Eu, etiqueta

Em minha calça está grudado um nome

Que não é meu de batismo ou de cartório

Um nome... estranho

Meu blusão traz lembrete de bebida

Que jamais pus na boca, nessa vida,

Em minha camiseta, a marca de cigarro

Que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produtos

Que nunca experimentei

Mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

De alguma coisa não provada

Por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

Minha gravata e cinto e escova e pente,

Meu copo, minha xícara,

Minha toalha de banho e sabonete,

Meu isso, meu aquilo.

Desde a cabeça ao bico dos sapatos,

São mensagens,

Letras falantes,

Gritos visuais,

Ordens de uso, abuso, reincidências.

Costume, hábito, premência,

Indispensabilidade,

E fazem de mim homem-anúncio itinerante,

Escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É duro andar na moda, ainda que a moda

Seja negar minha identidade,

Trocá-lo por mil, açambarcando

Todas as marcas registradas,

Todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

Eu que antes era e me sabia

Tão diverso de outros, tão mim mesmo,

Ser pensante sentinte e solitário

Com outros seres diversos e conscientes

De sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio

Ora vulgar ora bizarro.

Em língua nacional ou em qualquer língua

(Qualquer, principalmente.)

E nisto me comprazo, tiro glória

De minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

Para anunciar, para vender

Em bares festas praias pérgulas piscinas,

E bem à vista exibo esta etiqueta

Global no corpo que desiste

De ser veste e sandália de uma essência

Tão viva, independente,

Que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

Minhas idiossincrasias tão pessoais,

Tão minhas que no rosto se espelhavam

E cada gesto, cada olhar,

Cada vinco da roupa

Sou gravado de forma universal,

Saio da estamparia, não de casa,

Da vitrine me tiram, recolocam,

Objeto pulsante mas objeto

Que se oferece como signo de outros

Objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

De ser não eu, mar artigo industrial,

Peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome noco é Coisa.

Eu sou a Coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Esse, o eu.

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”


Gostou? é de Clarice Lispector, assim que li me identifiquei, ouso dizer que parece com meus escritos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Amigos, colegas, companheiros!


É impressionante. Véspera do vestibular da faculdade mais desejada; a hora do desespero do primeiro vestibular, das risadas demais, dos choros demais, das muitas e muitas palavras de insentivo e também os votos negativos. Mas enfim, com isso tudo você se vê rodeado de pessoas de todas as formas, todas as índoles.
Vou puchar o tema pra explorar sobre a amizade...
Percebemos quem realmente está do nosso lado. Para os que fingem é hora do desfalecimento das máscaras. Reta final de escola, final de ano. Depois, outra vida! outras pessoas. Não adianta querer levar todos os seus amigos de escola pro resto da sua vida. Muitos com toda a certeza, ocupados com seus novos afazeres (ou não) esquecerão de você. Mas não significa que este deixa-rá de sentir o famoso apreço.
Curioso como nos tornamos dependentes de alguém, de certa forma. Daquele seu amigo perfeito. Perfeito até quando acaba o encanto. As amizades verdadeiras perduram. Fixam-se com base na cumplicidade.
Tempo... O tempo...
Agradeço pela segunda chance que tive de conhecer verdadeiramente algumas pessoas, por ter conhecido outras maravilhosas que ajudaram no meu crescimento, por conhecer as pessoas que não queria conhecer - destas eu apenas tiro a lição de qual perfil de amizade realmente merece ter o meu carinho e reconhecimento.

Amizade é não ter inveja, é confiança, é diversão, é não ser puxa-saco. Amizade é compartilhar, é não esquecer, nem ignorar.

Certa vez ousaram me dizer que amizade de colégio( na maioria das vezes) é um amor da boca pra fora, nada tão verdadeiro. Pode ser que sim. Mas leitor, quero que saiba que essas pesoas que eu convivi durante toda aminha a vida foram fundamentais para a construção de mim, já que nos tornamos quase irmãos, onde convimemos mas uns com os outros do que talvez com nossos próprios pais.
Vivemos apenas a primeira etapa de muitas ....


(esse foi o texto mais sem noção que eu já escrevi espero que vocês entendam, mas foi verdadeiro!)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Parece piada! / Nota rápida

estava eu sentada na mesa da minha casa por volta das sete e meia da noite, tomando meu café quando noticiam no jornal a visita do nosso ilustríssimo presidente Lula ao Papa. Nossa primeira Dama certamente não perderia essa viagem. Porém o viés a ser discutido foi o meu ponto de reflexão ao ouvir que nosso presidente presenteou a nossa Santidade o Papa, com um artesanato, um mimo regional, representando por uma família de retirantes; Achei o presente exótico, sim achei. Logo após, a voz do jornalista informava-me que conversaram pouco e discutiram temas a cerca da miséria. "Taí "leitores.É esse o ponto que eu quero explorar. Lula dá para o Papa um presente retratando um êxodo rural e depois sentam para ponderar sobre a miséria?que tipo de contradição é essa?!
É... quero acreditar que, por eu ter chegado cansada não ouvi o que certamente teria se passado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Educação numa sociedade moderna

Com o crescimento da paternidade precoce há, na maioria dos casos, um desleixo com a educação da criança.
Não da questão escolar, que é por direito desta receber a pensão, mas o processo de formação da sua índole e o seu papel como cidadão, honesto. O que resulta na formação de um contingente de pessoas afetadas pela ganância, inveja, desrespeito com o próximo e uma sérir de fatores que complica a vivência em comunidade.
De tanto ver triunfar,alimentado no seio de uma sociedade corrompida, pessoas com uma conduta a desejar, perguntam-se sobre o papel fundamental de uma educaçãi familiar voltada para a apreenção da moral humana, hoje quase inexistente. Os pais, grandes empresários ocupados com o andamento dos seus negócios, não sabe a idade nem a série escolar em que seu filho está, acentuando a distância das relações pai e flhos, que valores estes estão passando para a sua prole?
Nota-se então, a o importante papel de uma boa relação familiar; pais com uma participação efetiva na educação de seus filhos, transformando-os não só em bons profissionais, mas em seres humanos justos. Não deixando a responsabilidade somente nas mãos das escolas.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O petróleo, companheiro! O poder, companheiro! A crise, companheiro! Acorda, companheiro!!!


Assim como o corpo humano necessita de combustíveis para se manter, o mundo precisa do petróleo para gerar energia, produção, lucro e desenvolvimento.
O que todos já sabem é que este, além de sua queima poluir o ar atmosférico, ele um dia esgotará.Novas fontes estão sendo utilizadas e estudadas, visando a substituição, com isso divergindo e estimulando questionamentos a cerca do assunto.
Biocombustíveis...Crise de alimentos

O antropocentrismo e o avanço das ciências e tecnologia fez do homem, criador. Homem, capaz de modificar o espaço em sua volta a seu favor. Descobriu curas, criou - se robôs, estudos de células-tronco. De uns tempos pra cá porém, a hegemonia de uns está retrocedendo: Crise econômica, crise de alimentos, crise, crise...
Em meio ao caos surge o construto que todos no mundo pintam como a esperança. Sobre sua ascenção ao poder, tiro o chapéu, um negro multiétnico, agora se esse governo será bom para nós, como diria minha professora de português: pergunte a Jesus!

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