segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
4. O DESPERTAR
Pág 85
Lua Nova Stephenie Meyer
sábado, 6 de dezembro de 2008
Malu Fontes Corra que a pobreza vem aí
A cidade nunca assistiu à oferta tão significativa
de imóveis para as classes mais abastadas. São dezenas de condomínios fechados, horizontais, verticais e hiperbólicos,
alguns com até 18 torres, com dezenas de andares, tendo ao redor estruturas de lazer e serviços com mais de 50 itens.
Tudo prometendo distância e proteção em relação à massa de pobres que cerca qualquer área da capital baiana.
Apartheid escancarado é pouco.
Há várias gradações de luxo ofertadas. A cereja do bolo da vez é o complexo de alto luxo anunciado com estrondo,
localizado em um ponto da cidade que não deixa de ser interessante, tratando-se da diferenciação sócio-econômica
que anuncia em contraponto à geografia humana que circunda o complexo.
O empreendimento fica na confluência entre o acesso à BR 324, a Rótula do Abacaxi, a Ladeira do Cabula e Pernambués
aos fundos, com vista privilegiada para o casario pobre que se eleva imponente morro acima ao longo da Avenida Barros Reis. Nos folders, no entanto, jamais aparecem as palavras Cabula, Pernambués ou Rótula do Abacaxi. A assepsia semântica tratou de dissociar esses ‘logradouros’ do mais
novo endereço nobre do Salvador. Ali é simplesmente "Avenida ACM".
Ao lado do futuro-suposto-hipotético metrô será erguida uma babilônia imponente, com jardins suspensos, torres residenciais com apartamentos para os mais diversos estilos de vida, torres empresariais e uma escola para atender os filhos dos privilegiados que não são loucos de saírem de
lá para correr riscos.
No paraíso em construção, para marcar com ênfase o signo da riqueza, haverá um shopping exclusivo de alto luxo, com grifes internacionais nunca aportadas na Bahia, e heliponto, para os pobres mortais estressados que não suportam
mais carros e trânsito.
A quase totalidade desses empreendimentos que prometem distância da pobreza e dos riscos que ela representa é batizada com nomes de inspiração anglo-saxão, francesa ou italiana, no máximo. Pululam nomes como Manhattan, rivilegge, Village, Square, Prime, Ville e que tais. Dentro
desses verdadeiros parques de serviços de lazer e conforto, há ‘de um tudo’. Cinemas, shopping centers, escritórios, agora escolas, espaço gourmet, piscina, ou melhor,
swimming pool, lounge e o melhor de tudo: a total falta de necessidade de cruzar o portão de saída para encontrar
essa gente maltrapilha que insiste em transitar por aí.
Sobre o desejo crescente e endêmico de afastar-se dos pobres a qualquer custo, um dado primoroso: quem passa
de carro pela Avenida Centenário após a reforma e acha ‘fofa’ a pracinha construída ao longo de todo o canal de esgoto
que há pouco corria a céu aberto, não se atreva a pensar que a obra conta com o apoio massivo da parte rica da avenida.
Alguns moradores dos amplos apartamentos de um dos lados da via estão fulos da vida, certos de que, agora coberto,
o ex-canal tornado praça bucólica se transformou mesmo foi numa ponte que encurtou o caminho para atrair os indesejáveis moradores do Calabar e do Alto das Pombas à outra margem do PIB, nas bandas da Graça.
Aos inconformados, resta correr para a incorporadora mais
próxima, comprar um passaporte para um desses paraísos artificiais à prova de pobres e sair cantando o novo hino do
axé: "Tchau/I have to go now".
Malu Fontes, 43, é jornalista, doutora em comunicação e cultura contemporâneas e professora adjunta da Facom-UFBA. malu.fontes@revistametropole.com.br
Nexo zero
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Monet e Daniela
Descobri as pinturas dele ainda quando criança. Li um livro do colégio, falava da vida dele suas obras...
taí...
momento nostalgia ouvindo uma música linda SOU VOCÊ na voz de Daniela Mercury
Agora a associação entre as obras e a música? nem eu sei. Lógica zero. Até que combinou...
Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo, agora é você
A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher
Meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome
Hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
A seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu porque sou você
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
VERSÕES DE MIM
VERSÕES DE MIM
Luiz Fernando Veríssimo
Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.
Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número, (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste...
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz - aliás, o nome do bar é Imaginário - sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
- Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
-Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
-Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia.
-Eu sei, eu sei... disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido. Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:
- Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
- Como é que você sabe?
- Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei. Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante.
Ele chutaria para fora. Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
- Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio...
- E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.
- Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?
- Você...
- Morri com 28 anos.
- Bem que tínhamos notado sua palidez.
- Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo...
- E ter levado o chute na cabeça...
- Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado.
- Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
- Quem é você?
- Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração.
Olhei em volta. Eu lotava o bar.
Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente.
Só então notei que eletambém tinha a minha cara, só com mais rugas.
- Quem é você? perguntei.
- Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
- E..?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo.
O que somos
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mar artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome noco é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Esse, o eu.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Gostou? é de Clarice Lispector, assim que li me identifiquei, ouso dizer que parece com meus escritos.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Amigos, colegas, companheiros!
É impressionante. Véspera do vestibular da faculdade mais desejada; a hora do desespero do primeiro vestibular, das risadas demais, dos choros demais, das muitas e muitas palavras de insentivo e também os votos negativos. Mas enfim, com isso tudo você se vê rodeado de pessoas de todas as formas, todas as índoles.
Vou puchar o tema pra explorar sobre a amizade...
Percebemos quem realmente está do nosso lado. Para os que fingem é hora do desfalecimento das máscaras. Reta final de escola, final de ano. Depois, outra vida! outras pessoas. Não adianta querer levar todos os seus amigos de escola pro resto da sua vida. Muitos com toda a certeza, ocupados com seus novos afazeres (ou não) esquecerão de você. Mas não significa que este deixa-rá de sentir o famoso apreço.
Curioso como nos tornamos dependentes de alguém, de certa forma. Daquele seu amigo perfeito. Perfeito até quando acaba o encanto. As amizades verdadeiras perduram. Fixam-se com base na cumplicidade.
Tempo... O tempo...
Agradeço pela segunda chance que tive de conhecer verdadeiramente algumas pessoas, por ter conhecido outras maravilhosas que ajudaram no meu crescimento, por conhecer as pessoas que não queria conhecer - destas eu apenas tiro a lição de qual perfil de amizade realmente merece ter o meu carinho e reconhecimento.
Amizade é não ter inveja, é confiança, é diversão, é não ser puxa-saco. Amizade é compartilhar, é não esquecer, nem ignorar.
Certa vez ousaram me dizer que amizade de colégio( na maioria das vezes) é um amor da boca pra fora, nada tão verdadeiro. Pode ser que sim. Mas leitor, quero que saiba que essas pesoas que eu convivi durante toda aminha a vida foram fundamentais para a construção de mim, já que nos tornamos quase irmãos, onde convimemos mas uns com os outros do que talvez com nossos próprios pais.
Vivemos apenas a primeira etapa de muitas ....
(esse foi o texto mais sem noção que eu já escrevi espero que vocês entendam, mas foi verdadeiro!)
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Parece piada! / Nota rápida
É... quero acreditar que, por eu ter chegado cansada não ouvi o que certamente teria se passado.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Educação numa sociedade moderna
Não da questão escolar, que é por direito desta receber a pensão, mas o processo de formação da sua índole e o seu papel como cidadão, honesto. O que resulta na formação de um contingente de pessoas afetadas pela ganância, inveja, desrespeito com o próximo e uma sérir de fatores que complica a vivência em comunidade.
De tanto ver triunfar,alimentado no seio de uma sociedade corrompida, pessoas com uma conduta a desejar, perguntam-se sobre o papel fundamental de uma educaçãi familiar voltada para a apreenção da moral humana, hoje quase inexistente. Os pais, grandes empresários ocupados com o andamento dos seus negócios, não sabe a idade nem a série escolar em que seu filho está, acentuando a distância das relações pai e flhos, que valores estes estão passando para a sua prole?
Nota-se então, a o importante papel de uma boa relação familiar; pais com uma participação efetiva na educação de seus filhos, transformando-os não só em bons profissionais, mas em seres humanos justos. Não deixando a responsabilidade somente nas mãos das escolas.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O petróleo, companheiro! O poder, companheiro! A crise, companheiro! Acorda, companheiro!!!
Assim como o corpo humano necessita de combustíveis para se manter, o mundo precisa do petróleo para gerar energia, produção, lucro e desenvolvimento.
O que todos já sabem é que este, além de sua queima poluir o ar atmosférico, ele um dia esgotará.Novas fontes estão sendo utilizadas e estudadas, visando a substituição, com isso divergindo e estimulando questionamentos a cerca do assunto.
Biocombustíveis...Crise de alimentos
O antropocentrismo e o avanço das ciências e tecnologia fez do homem, criador. Homem, capaz de modificar o espaço em sua volta a seu favor. Descobriu curas, criou - se robôs, estudos de células-tronco. De uns tempos pra cá porém, a hegemonia de uns está retrocedendo: Crise econômica, crise de alimentos, crise, crise...
Em meio ao caos surge o construto que todos no mundo pintam como a esperança. Sobre sua ascenção ao poder, tiro o chapéu, um negro multiétnico, agora se esse governo será bom para nós, como diria minha professora de português: pergunte a Jesus!
*
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Festival de cinema traz estréias aguardadas para Salvador
O 5º Festival Cinema de Arte de Salvador começa nesta sexta-feira (10) e segue até o dia 23 de outubro, trazendo uma programação essencialmente inédita de 52 filmes e 21 curtas. Divididos em mostras (Mundo, Cinema Nacional, Cine Doc, Curumin, Cineclube, Underground, Visionários e Competitiva), o festival terá obras aguardadas como os novos longas de Charlie Kaufman, Woody Allen e Ang Lee.
Nota rápida
Diante das nulidades proposta por uma sociedade cosmopolita entende-se o fato do capital humano. Você tem que ser o melhor, está sempre mais atualizado e com mais informações que seu concorrente, para então chegar ao ápice do profissionalismo num teor que quebrará sua moral, ruirá
seus princípios, numa lei de olho por olho dente por dente e passando por cima do outro; como diz o mundo capitalista: Substituindo o obsoleto.
Não vou traduzir o que todos já sabem. É simples, basta olhar a nossa volta.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
É antigo, mas eu gosto. Traduz muito a idéia de dúvida que passa na cabeça de todos. O famoso quase... quem nunca se queixou: - Dessa vez foi por pouco, quase. Mas aí lhe aponto o refrão da música de Pitty " Não deixe nada pra depois/ não deixe o tempo passar/ Não deixe nada pra semana que vem/ semana que vem pode nem chegar.
Ainda pior que a convicção do não,
É a incerteza do talvez,
É a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda,
Que me entristece,
Que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
Nas chances que se perdem por medo,
Nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.
A resposta eu sei de cor.
Está estampada na distância e na frieza dos sorrisos,
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima,
O amor enlouquece,
O desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor.
Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo,
O mar não teria ondas,
Os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina,
Não inspira,
Não aflige nem acalma,
Apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão,
Para os fracassos, chance,
Para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
Quem quase vive já morreu.
Luís Fernando Veríssimo
Joguinho da Amy
Realmente o povo não tem mais o que inventar.
Site do jogo Escape from rehab em que a personagem principal é nada mais nada menos do que AMY WINEHOUSE. Pois é... hehehehe
Uma das celebridades mais comentadas no momento. Cantora que transgride com um mix de trejeitos da sua época( como as inúmeras tatuagens espalhadas pelo corpo) remontando uma outra( na qual é inferida nas suas roupas e estilo de canção).
*
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Interiorização
Para falar a verdade nem eu sei o por que de jornalismo, só sei de uma coisa: Gosto das palavras.
Sei que não expressam tudo, mas gosto de brincar com elas, poucos sabem do seu poder. Persuadir,modificar, levar informação, causar confusão. A idéia transcrita num texto pode estar subentendida e como diz minha professora de literatura " A metáfora é complicada, mas ela comunica"
Procurarei não decepcionar um leitor e com étca, traçarei meu trabalho.
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector
Pão e circo João Ubaldo Ribeiro
Juvenal, o poeta romano que pela primeira vez escreveu a frase, repetida há
quase dois mil anos e aqui lembrada de forma muito livre, segundo a qual o
povo quer mesmo é pão e circo, ou seja, comida e diversão, não era um
aristocrata desdenhoso. O fato de sua vida ser misteriosa até hoje vê-se
como indício de que foi perseguido pelos poderosos — e no tempo do imperador
Domiciano, que, sob muitos aspectos, não era flor que se cheirasse.
Escondeu-se tanto que se sabe sobre ele muito menos do que possível, em
circunstâncias, digamos, normais.
Diz-se que ele não só simpatizava com os pobres como partilhou com eles a
impecúnia durante a maior parte da existência.
É necessário lembrar isso porque quem vê a citação sem maiores informações,
pode achar que somente mostrava o desprezo de um aristocrata pela chamada
gentalha. Mas era o contrário. Era uma constatação melancólica.
Enquanto houvesse bastante diversão e não se passasse fome, as instituições
podiam ir para o beleléu à vontade e os césares podiam fazer o que bem
entendessem, notadamente acabar de desmoralizar o Senado, que tanto então
quanto hoje ajudava bastante.
Para o resto, ninguém dava pelota e isso o entristecia.
O nome de um homem e o que ele disse não atravessam milênios à toa.
Mesmo as grandes besteiras são lembradas devido a seu porte e,
freqüentemente, ao emproado que as pronunciou de boca cheia. Por uma boa
razão, Juvenal e seu pão e circo também volta e meia aparecem. Durante toda
a história da humanidade, muita gente deve ter feito observações
semelhantes, mesmo sem ter ouvido falar nele.
Ou, ao saber da frase, pensado um pouco e achado que, embora um tantinho
generalizadora (mas dentro da margem de erro, como está na moda dizer-se),
continha muita verdade.
Modestissimamente, acho que sou um desses casos. E que os nossos
governantes, em todos os poderes em que fingem dividir-se por conveniência e
para aparentar obedecer a alguma lei que não lhes interesse (coisa que
jamais acontece definitivamente a um brasileiro poderoso, ou seja obedecer a
uma lei que o atrapalhe), compreenderam e põem em prática com brilhantismo
essa filosofia de governo. Com a informática e seus celulares, as redes
internacionais de televisão e seus eventos espetaculares, os shows de praia,
o carnaval e outros expedientes, a diversão está mais que garantida.
Do ponto de vista do governante, dando-se o pão com bolsas família, cestas
básicas e outras das dezenas de esmolas ora vigentes, o pão do espírito, ou
seja, o deleite estético, a fruição das artes e da cultura e da plena
condição humana, é concomitantemente fornecido. Claro que o nível do povo
precisa ser satisfeito com o que ele está preparado para apreciar, dado o
baixo nível de nossa educação.
Então o que ele tem já dá de sobra e nos tornamos um povo de sensibilidade
apurada, com acesso ao que de pior se faz de lixo internacionalmente e
dizem, por exemplo, que o nosso Big Brother não fica devendo nada ao Big
Brother de outro país nenhum.
Ninguém pensa além do nível necessário, e isso assegura a estabilidade do
esquema "pão e circo". Não fora a possibilidade de um ofendidíssimo fantasma
de Juvenal vir me assombrar logo mais à meia-noite, eu sugeriria aos colegas
que militam no campo do comentário político que examinem a adoção da
expressão "república juvenalina". Ela sumariza com grande eficácia e
expressividade o que vivemos aqui. Para bom entendimento, é suficiente e
imagino que entrevistas nas quais estrangeiros querem que a gente descreva o
Brasil em poucas palavras, já dispomos dessa "taquigrafia". Como é o Brasil?
Bem, é complicado explicar, mas, acho que, se lhe disser que é uma república
juvenalina, você entenderá logo.
Claro que existe o lado B, sempre existe um lado B. O lado B é que,
diferentemente do Leviatã de Hobbes, que também mandava em tudo, mas tinha a
obrigação de prover segurança ao cidadão, os governantes juvenalinos não a
dão, até porque a insegurança preenche carências masoquistas e paranóicas
existentes em qualquer sociedade, como testemunharão aqueles que nunca
viveram melhores emoções vicárias do que acompanhar um seqüestro ou
assassinato, ou mesmo se distraíram passando trotes para as vítimas, como
sempre ocorre. Segurança não; diversão, sim, é a exigência basilar do
juvenalismo.
Os governantes se esforçam. Agora mesmo está em cartaz "A saga do pré-sal"
ou a farsa "Meti o dedo, acho que tem ovo, já vendi duas dúzias", onde
somente a parte do dedo (e não no da galinha) deverá ser encenada, mas já é
divertida o suficiente. E não sei se vocês ouviram as piadas do presidente,
uma atrás da outra, um desses dias aí em que ele estava na ribalta do
Pré-Sal. Sim, ele brincou dizendo que achava que o mar era salgado por causa
do xixi dos banhistas, não é engraçadíssimo e bem sacado? Ele é sempre
impagável.
Já nas comunidades independentes, em que nem o presidente entra sem
permissão do governo local, a coisa pode evoluir diferentemente.
Saiu nos jornais que traficantes e outros bandidos deram para usar jacarés
contra inimigos ou vítimas. Estaremos a um passo de espetáculos como os do
Coliseu romano, com membros de facções rivais sendo jogados vivos às feras,
armados apenas com um estilete? Tenho certeza de que o comparecimento e a
diversão seriam intensos, não só a dos presentes como a nossa, nos
horrorizando deliciosamente diante da tevê. E, de qualquer forma, o Ibama
(esse, sim, entra lá) proibiria os jacarés e outras feras nativas, e íamos
ter de recorrer a leões, nada de estressar a nossa fauna. Vocês dirão:
aquilo acontecia entre pagãos, agora somos cristãos civilizados. Os bandidos
que hoje matam aos poucos, esfolam, queimam ou enterram vivos também são
cristãos civilizados. Já vi gente achando graça na história dos jacarés.
Juvenal estava certo em qualquer lugar.
sábado, 20 de setembro de 2008
Nota rápida
Dia mundial de limpeza das praias
domingo, 14 de setembro de 2008
DJAVAN NA CONCHA
Ultimamente nós baianos estamos sendo agraciados por muitos shows de artistas clássicos e requintados. ( Ana Carolina, Jorge Vercilo, Frejat, Adriana Calcanhotto dentre outros mais à listar.)
No dia 21
MÚSICA: DJAVAN
O cantor e compositor Djavan apresenta o show de seu novo disco, “Matizes”, um trabalho autoral com 12 novas canções. No show, ele vai além das novas composições ele faz um painel de sua vasta obra. Um show que vai de sambas ao blues, das baladas aos boleros, de canções inventivas (como a bossa nova de protesto) às canções típicas.
Horário: 18h30
Ingressos à venda (inteira): R$ 60,00
Escute o novo single de Djavan: Pedra
http://br.youtube.com/watch?v=hdmEVp8UYHc&feature=related
http://www.djavan.com.br/main.php
Adriana Calcanhotto em Salvador
Ocorreu na última sexta-feira e no sábado, o show de lançamento do cd Maré da cantora Adriana Calcanhotto, no TCA.
Apresentou um repertório misto, cantando também muitos de seus antigos sucessos, como Esquadros, O nosso amor, Fico assim sem você dentre outras. Apresentou uma nova também: " Um samba que fiz para Martinalha e que a Marisa Monte se apropriou" diz a cantora.
Cantora de requinte e abençoada com uma bela voz transposta em suas músicas hipnotizantes.
Ela é acompanhada por jovens músicos: Bruno Medina, Marcelo Costa, Domenico Lancelloti e Alberto Continentino.
Depois de seis anos vem para Salvador e nos brinda com um belo show.
http://adrianacalcanhotto.com/mare/index.html
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Mais um...
segundo do site:/www.filmesdahora.com
A versão cinematográfica do livro "Anjos e Demônios" escrito por Dan Brown (mesmo escritor de "O Código Da Vinci"),tem data prevista para a estréia do filme é em 12 de dezembro de 2008.
Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Robert Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade que ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal.
Eu só espero que esse seja bom.
Enfim, o tão esperado filme.
" Ensaio sobre a cegueira" livro de Saramago passou para as telonas numa adaptação do renomado Fernando Meirelles. A sua estréia é nod dia 11 se setembros nos cinemas brasileiros.
O livro conta a história de uma epidemia que se abate sobre a humanidade. Uma cegueira,que em vez da escuridão, as personagens estão imersas numa brancura inexplicável. Traz em foque questionamentos sobre a essência humana e o seu papel numa sociedade em que cegamos para os problemas da grande maioria. A doença primeiro se abate a um motorista (visto que as personagens não possuem nomes, são identificadas pelo seu papel na sociedade. Ex: Médico e mulher do médico). À medida que a doença avança, os infectados são desumanamente postos em quarentena, em um local superlotado, onde as condições de higiene eram precárias e a auto-estima das pessoas caía vertiginosamente.
Os locais de filmagem foram a cidade brasileira de São Paulo e a canadense Toronto. O filme é falado em inglês, e seu título original é”Blindness” (cegueira em inglês). O seu elenco é internacional e conta com nomes de peso como Julianne Moore, Alice Braga e Gael García Bernal.
*
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TRAILLER:
http://br.youtube.com/watch?v=AyYZA7bLsYA
sábado, 6 de setembro de 2008
Pela janela
Pela janela o vazio te preenche e derrepente no gélido vento você não se sente só. Pela janela o tempo passa, o moço passa e a vida se dá. Imerso em suas vidinhas cada um segue. A janela de um link; de um escape. Uma fuga. Crianças correm, os passaros cantam, mulheres seguem seu mantra.
Na janela a moça ri e acena para a janela a seguir. Quadradas, redondas, vitrais. Se estais sozinho, caminha até a janela e abre-te para a vida, e repara. Repada o que quebrou e olha o que não olhou.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Besteiras para distrair
ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia;
ALOPATIA - dar um telefonema para a tia;
BARBICHA - boteco para Gays;
CÁLICE - ordem para ficar calado;
CAMINHÃO - estrada muito grande;
CATÁLOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente;
COMBUSTÃO - mulher com peito grande;
DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá;
DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos;
DETERMINA - prender uma garota;
ESFERA - animal feroz amansado;
HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas; LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura;
KARMA - expressão mineira para evitar o pânico;
'LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora;
NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar;
OBSCURO - 'OB' na cor preta;
QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo;
RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo;
RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé;
SAARA - muulher do Jaaco;
SEXÓLOGO - sexo apressado; S
IMPATIA - concordando com a irmã da mãe;
SOSSEGA - mulher desprovida de visão;
TALENTO - característica de alguma coisa devagar;
TÍPICA - o que o mosquito te faz;
UNÇÃO - erro de concordância muito frequente (o correto seria um é);
VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada; VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho;
VIÚVA - ato de ver a uva; VOLÁTIL - sobrinho avisando onde va
,
...ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Ou muda uma atitude.
Matar o Rei não é crime!
Matar o Rei não, é crime!
Uma vírgula muda tudo.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Virando caos
Já repararam a velocidade do desenvolvimento da cidade?!
empresas e construtoras, mais shoppings, apartamentos(apartamentos vírgula, são mega empreendimentos) com 4 quartos com 3 suítes, espaço Gourmet, 50 milhões de piscinas e quase um parque temático na sua propria casa.
O caos dos grandes centros brasileiros estão vindo pra cá tembém, problemas no trânsito(hoje você pode ler um livro de 200 págs num engarrafamento), descaso com a cidade (abandono de certas áreas), sem contar com o principal: O elevado indice de mortes...
Isso só é uma nota rápida de minha indiguinação, que por um lado você importa comforto e luxo vindo com "construções" voltadas para poucos e do outro você ignora a real situação: um caos que foge do controle.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Pra não esquecer...
*
O pagador de promessas - Dias Gomes
*
A poesia baiana do século XX - Assis Brasil
*
Vidas secas - Graciliano Ramos
*
Clara dos Anjos - Lima Barreto
*
Tenda dos milagres - Jorge Amado
*
As meninas - Lygia Fagundes Telles
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Amontoado de letras
...pra você ver como são as coisas. O tempo. O tempo é o algoz e o salvador. Como pode haver tanta contradição nesse breve espaço que nós nos damos o trabalho de preencher?! Curioso... a medida em que ele passa... os acontecimentos... quem você conhece nesse meio termo... o que você aprende e o quanto você erra. Ahhhh, o erro! o que seria do acerto se não fosse o erro, não?! Curioso... Viemos do pó e é pra lá que voltaremos. O único lugar em que todos serão iguais, já que todos irão parar lá mesmo. Ahhh, a ironia de viver... sim sim... uns curtem demasiadamente de mais, outros esperam chegar a fase adulta pra o arrependimento vir bater à porta. Certo dia tava pensando: Se nós pudéssemos ter duas vidas. Sim, duas vidas. Uma pra experimentar de tudo e errar de um tanto, pra na outra voltarmos e vivermos de fato o certo( ou o que julgamos ser o certo). Mas desisti no ato. Pois perderíamos a capacidade de perceber que um ser humano de verdade se monta e forma seu caráter com base nesse ciclo...
...É pessoas, tem coisas que utilizamos da metalinguagem, pra outras, simplesmente não há explicação.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Ensaio sobre a cegueira - mais frases
"ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos de egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra."
Página 172
"Se não disseres nada compreenderei melhor [...], há ocasiões em que as palavras não servem de nada"
O medo cega...
São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos...
"As palavras são assim, disfarçam muito, vão-se juntando umas com as outras, parece que não sabem aonde querem ir, e de repente saem, simples em si mesmas, um pronome pessoal, um advérbio, um verbo, um adjectivo, e aí temos a comoção a subir irresistível à superfície da pele e dos olhos, a estalar a compostura dos sentimentos..."
terça-feira, 29 de julho de 2008
Ensaio sobre a cegueira
"... por que foi que cegamos, Não sei, talves um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te digas o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veêm, Cegos que vendo, não veêm."
1-| Descritivelmente o indescritível |
é que as vezes, me ponho a pensar nesse indecifrável. Do quão complicado é de se convier com ele. Muitos o procuram, nessa busca se perdem pelos caminhos e se esquece do que se buscar. Os que já tem?! aaaaaaaaa... viva os que já tem e os que já podem senti-lo. Possessivos o de muitos, liberal o de outros, mas sei que por aí ele anda solto. Ninguém o prende, pelo contrário, o que seria da vida se não fosse esse seu poder de se metamorfosear. Descrever nunca. Algo assim não se descreve,se sente. Um mix de dor e alegria pairando num divã de lembranças e esperanças. Uns chamam de sorte, outros de besteira, outro de obsessão, outros de doença. Mas os homens e suas tentativas de explicarem tudo. Será tão difícil entender que isso não se explica. Independente de raça, cor, credo, riqueza, pobreza, ta lá, com seus adjetivos.E por aqui se ficam tomando-nos em cheio e deconectando-nos do avesso, e segue.
By: Mel
2-| Descobrindo o coberto |
(...)
Mia: Aproximar-se de ti não foi um erro
Tudo aquilo que juntos planejamos se eternizou para mim
Como uma tatuagem na parte mais implícita do meu corpo
Contudo meu ego fazia sentir-me onipotente,
e de repente,ocultaria não mais a vontade
Mais agora transformado,a ânsia de te ter aqui comigo
Um gradativo amor,que aparecera diante do maior espelho
O reflexo que pudesse acender dentro de mim,o brilho dessa paixão
Meu ser tem abstinência de ti,quero voltar atrás do meu erro de ter te ferido um dia,pedir perdão pela falta de compaixão,
Meu eu,resumido em si,dependo de ti e somente de ti
,Shon: Aproximar-me de ti não foi um erro
Não acredito que fui capaz de passar uma borracha em tudo
Até nas tardes inebriadas pelo teu sorriso
E iluminadas com raios emanados pelo amor
Nenhuma raiva é eterna
E espero que a tua seja menor do que meu erro
Penso no teu amor como algo dependente de mim
Um nobre cristal inquebravel
E tudo isso prova o quão sólido ele é
Me culpo de ter te machucado
Não sei quantas chicotadas mereço
A única coisa que espero merecer
É teu amor de volta
Pedi você comigo
A todas as estrelas cadentes possíveis
Espero que elas entendam
Que só quero pedir-te perdão
Pela falta de compaixão.
Meu eu, resumindo em ti, dependo de ti e somente ti
Mia: Aproximar-me de ti foi o meu triunfo
Ninguem jamais presenciará a beleza de um amor
Entre duas forças divinas,se falta-se emoção pra abastecer essa paixão talvez o encanto não fosse o mesmo
E talvez a ambigüidade tão mutua não realçasse a cena
Os acontecimentos me atormentavam até quando agüentaria que durasse aquela arrogante encenação de amar-te e não tocar-te?!
O meu coração estimula admiração por todo teu corpo,dependência de de ter,quando estava sozinha meu pensamento te focalizava,já não sentia fome,sentia-me alimentada por outras coisas,essas que eram relacionadas a ti,me davam revigoro para viver em paz
Nesta caminhada para felicidade nossos caminhos pareciam não querer se cruzar,
mais o ciclo de dores chegou ao fim,
Por ti eu trocaria cem anos de minha vida,por um segundo de teus carinhos
Você é meu começo,meio e fim
A esperança de dias de felcidade,
As mãos habilidosas de um mancebo cego
É a luz para os que se encontram nas trevas
É a bussula nos meus caminhos tortuosos
É um sonho lindo que esperei
É a salvação para o meu abandono
Porque você é você meu sonho bom,e ninguem mais.
(...)
Mia Carneiro e Anderson Shon
27/28 de Julho 2008
{23:39-00:46}
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Eu faço da terra molhada o meu jardim
...Sou Ariano Torto... Vivo de amorr profundoo - Nobre vagabundo D. Mercury
Tende a passar do pensamento à ação de forma imediata. De espírito empreendedor, tende a ser autoritário, a assumir "a cabeça das situações".
Sem mesmo se dar conta, o ariano já se faz líder.
> Com esta natureza fogosa, arianos se apaixonam intensamente.
>Os arianos são comunicativos e curiosos.
>Costumam ter uma mente bastante aberta e de poucos preconceitos
>A mulher de Áries gosta de abrir suas próprias portas, puxar suas cadeiras e acender o próprio cigarro.<
>Nela existe a típica contradição de Áries: Não quer ninguém muito grudado nela, mas costuma perder o interesse se alguém se afastar demais. Não quer um homem dominador, mas também não quer um coelhinho manso!
>Pode ser complicado suportar seu impulso agressivo, mas seu otimismo e sua fé no futuro podem ser altamente compensadores.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Grande Edgar - Veríssimo
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra? Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir. Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à sua pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você deveria ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.
Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o… o…
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe, deve ser a velhice, mas…
Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.
E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:
- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso.
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa. (Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer…
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- Eu esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia! (É o Ademar! não. o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O… o… como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica? Você pode chutá-lo amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes! (Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes…)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê! (Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende…
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isto está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
Ele fala:
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca…
- Pois casaram.
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E Não me avisaram nada?!
- Bem…
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e…
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É…
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que…
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam… (Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca…
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.
Simplicidade Luis Fernando Veríssimo
...Caminhar faz bem, namorar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã, arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite,isso sim,é prejudicial à saúde.
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas,pior ainda.
Não pedir perdão pelas nossas mancadas, dá câncer, guardar mágoas, ser pessimista, preconceituoso ou falso moralista, não há tomate ou muzzarela que previna !
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo,não ter ninguém atrapalhando sua visão,nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau !
Cinema é melhor prá saúde do que pipoca.
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é o melhor de tudo e muito melhor do que nada !
Luís Fernando Veríssimo
kakakaka... Essa é velha.
> O Motel.... (Luiz Fernando Veríssimo)
>
> Mirtes não se agüentou e contou para a Lurdes:
> - Viram teu marido entrando num motel.
> A Lurdes abriu a boca e arregalou os olhos. Ficou assim, uma estátua de
> espanto, durante um minuto, um minuto e meio. Depois pediu detalhes.
> -Quando? Onde? Com quem?
> - Ontem. No Discretíssimu's.
> - Com quem? Com quem?
> - Isso eu não sei.
> - Mas como? Era alta? Magra? Loira? Puxava de uma perna?
> - Não sei, Lu.
> - O Carlos Alberto me paga. Ah, me paga.
> Quando o Carlos Alberto chegou em casa a Lurdes anunciou que iria deixá-lo
> e contou por quê.
> - Mas que história é essa, Lurdes? Você sabe quem era a mulher que estava
> comigo no motel. Era você!
> - Pois é. Maldita hora em que eu aceitei ir.
> - Discretíssimu's! Toda a cidade ficou sabendo. Ainda bem que não me
> identificaram.
> - Pois então?
> - Pois então que eu tenho que deixar você. Não vê? É o que todas as minhas
> amigas esperam que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo marido e
> não reagir.
> - Mas você não foi enganada. Quem estava comigo era você!
> - Mas elas não sabem disso!
> - Eu não acredito, Lurdes! Você vai desmanchar nosso casamento por isso?
> Por uma convenção?
> - Vou!
> Mais tarde, quando a Lurdes estava saindo de casa, com as malas, o Carlos
> Alberto a interceptou. Estava sombrio:
> - Acabo de receber um telefonema - disse. - Era o Dico.
> - O que ele queria?
> -Fez mil rodeios, mas acabou me contando. Disse que, como meu amigo, tinha
> que contar.
> - O quê?
> - Você foi vista saindo do motel Discretíssimu's ontem, com um homem.
> - O homem era você!
> - Eu sei, mas eu não fui identificado.
> - Você não disse que era você?
> - O que? Para que os meus amigos pensem que eu vou a motel com a minha
> própria mulher?
> - E então?
> - Desculpe, Lurdes, mas...
> - O quê???
> - Vou ter que te dar uma surra...
>
> (Luiz Fernando Veríssimo)
>
> CONCLUSÃO:
>
> DEVEMOS CUIDAR APENAS DA NOSSA SAÚDE, POIS DA NOSSA VIDA, TODO MUNDO CUIDA
Rob Golsalves
domingo, 13 de julho de 2008
Questão de opinião
Chegando em casa,num dia de domingo nada pra fazer. Locaram um filme e colocaram pra gente assitir. Nome: SHOCKWAVE - Programado para pensar. Conectado para destruir.
Filme que jamais esqucerei, sim, sim, por ser tão ruim.
Efeitos especiais a desejar, mas antes de tudo tenho que contar do que se trata.
Dois robôs ultra-secretos do serviço militar,projetados para serem inteligentes e indestrutíveis, são transportados para ajustes finais.Quando sobrevoam o Pacífico,uma dessas máquinas assassinas é ativada e o avião cai numa ilha deserta. uma equipe da Marinha é então enviada para encontrá-las. Sua principal missão é desligar estes robôs o mais rápido possível, pois quanto mais tempo ficarem em funcionamento, mais espertos se tornarão. E, se aprenderem demais, ninguém conseguirá detê-los. Para complicar ainda mais, um grupo de criminosos foge e se refugia na mesma ilha.
Vamos combinar que:
o que seriam das coisas Objetos, files ou seja lá o que for, sem o poder de persuação das palavras, pois ao ler uma sinopse assim, você poderá deduzir(ou não) que o filme pode ser bom, que é mais um desses filmes de muito efeito especial e pouca história, tipo um Homem aranha da vida (não que homem aranha seja ruim) ou um Kill Bill. Enfim, mas companheiros, lamentos informar que esse tal de SHOCKWAVE é muiiiiitooo ruimm. Além do final ser algo previsível. Mas minha crítica cai fortemente sobre os efeitos especiais. Pra falar a verdade parece sinceramente que os robôs são desenhos de tão mal feito que é.
Ai Aii é companheiros, mas como dizem por aí: gosto é igual a nariz, cada um tem o seu.
terça-feira, 8 de julho de 2008
O que define um homem são as suas ações, não as suas palavras
Segundo alguns psicanalistas, quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo e a projeção que fazemos é de um ser absolutamente perfeito. Mas depois de um período, a projeção acaba e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando.
Invariavelmente, algumas virtudes do parceiro, da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam. E se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário...
Ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção, mas fortes indícios apontam para um único e delicioso suspeito...
...O amor é inexplicável, mas tem umas coisas que você pode entender.
* Propagando do bom bom Serenata de amor
http://www.youtube.com/watch?v=XVrJ0C-IGL0
segunda-feira, 7 de julho de 2008
O que falta!
"O ser humano é dotado de raciocínio. Tem a capacidade de armazenar informações, cruzá-las, analisá-las e formular opiniões. Conceitos. O ser humano é coletivo. Necessita da convivência com o próximo. Necessita saber que pode contar com alguém. O ser humano é heterogêneo. Possui suas individualidades físicas, emocionais, espirituais e intelectuais. E são justamente estas que formam esse alguém, o indivíduo, você. E ainda, é um ser sem respostas. Ainda não as tem para tudo, embora isso incomode muita gente. Ainda não é capaz de compreender determinadas causas, que geram determinadas conseqüências. E, portanto, não tem o direito de julgar. Juntando essas quatro características, o que justificaria a inferiorização do próximo? Quem seria capaz de julgar o que ou quem é certo ou errado? Ignorar? Não. O segundo item nos desabilita. Então qual o veículo humano para tolerar tudo isso? RESPEITO." (Sartre Silva e Souza)